ESPECIAIS
Olá a todos os cinéfilos!
Após um ano de pura diversidade e riqueza de produções cinematográficas, decidi elaborar uma lista dos 10 melhores filmes do ano de 2003 (o tão afamado top 10), publicar todas as minhas classificações de filmes que estrearam nos cinemas no ano em questão e também destacar certas personalidades e o trabalho desenvolvido pelas mesmas no decorrer do ano transacto.
NOTA: A todos os filmes que constam no top 10 vão ser dedicados sucintos comentários pelo autor do blog.
TOP 10 - Ano 2003
1. Mystic River, de Clint Eastwood
Comentário: Num ano em Hollywood sismou em nos prendar uma série interminável de sequelas falhadas (Lara Croft Tomb Raider: The Cradle of Life de Jan de Bont ou Terminator 3 : Rise of the Machines de Jonathan Mostow são os exemplos mais flagrantes), surgiram igualmente algumas das melhores obras que o cinema norte-americano nos deu em anos- e Mystic River é certamente uma delas. Tendo como realizador o septuagenário Clint Eastwood, Mystic River foi para mim a obra que melhor soube no ano de 2003 abordar de forma directa e avassaladora alguns dos problemas mais preocupantes da América dos nossos dias; e se já nas bastasse a perfeita e exímia realização de Eastwood, o filme alberga um brilhante conjunto de actores e actrizes e um excelente argumento. Destaco Sean Penn naquela que é para mim a melhor interpretação masculina, num papel principal, do ano passado.
2. The Hours, de Stephen Daldry
Comentário: Se houve um filme que estreou em 2003 nas salas portuguesas e que me deixou complemente siderado e estupefacto pela qualidade simultânea da realização, da história e do elenco, foi sem dúvida esta pérola chamada The Hours. O filme segue a vida de três mulheres de épocas diferentes (Virginia Wolf, Laura Brown e Clarissa Vaughn) unidas por um único livro- "Mrs. Dalloway". Os sentimentos de todas as personagens são profundos e verdadeiros e a caracterização de cada uma elaborada; a realização de Daldry dá muito valor ás interpretações dos vários actores e actrizes e por isso mesmo o filme resulta tão bem. Quanto ao argumento, embora tenha os seus momentos de falta de coesão no entrecruzar das várias histórias a verdade é que a qualidade superior da romance homónimo de Michael Cunningham ofusca todas as eventuais falhas. Todos os intérpretes são magníficos- contudo se tivesse que indicar aquele que mais me convenceu esse seria a bela, tanlentosa e versátil actriz australiana Nicole Kidman. Sem dúvida nenhuma!
3. The Lord of the Rings : The Return of the King, de Peter Jackson
Comentário: Os três filmes da triologia "O Senhor dos Anéis" podem não ser os melhores filmes de todos os tempos (opinião que eu e o João Ricardo Branco partilhamos); contudo é impossível olhar para estas obras cinematográficas realizadas pelo neo-zelandês Peter Jackson (alguém que tem no seu historial fílmico uma série de filmes gore, zombies deambulantes e ainda litros e litros de sangue...) e dizer que não são marcos na história do Cinema. Afinal de contas, os filmes ostentam inúmeras criaturas horripilantes e fantásticas, personagens muito trabalhadas a nível físico e emocional (salta logo à vista o já mítico Gollum), cenários esmagadores, batalhas memoráveis e momentos apoteóticos inesquecíveis. Claro que tudo isto foi possível graças ao trabalho, empenho e amor que uma equipa de homens e mulheres dedicaram à adaptação (até agora impossível) da colossal obra do escritor britânico J.R.R Tolkien. Espero que o filme seja premiado nos Oscars com o máximo de estatuetas que for possível (pelo menos, Oscars de melhor actor secundário (Sean Astin) e melhor realizador), na medida em que os outros dois foram completamente ignorados (mais o segundo do que o primeiro). Que se faça justiça ! Um único aparte: nos últimos minutos o filme arrasta-se muito, mas mesmo muito- tanto que me custou ver o filme todo!
4. Elephant, de Gus Van Sant
Comentário: Vencedor da Palma de Ouro e prémio de melhor realização na cerimónia anual de Cannes em 2003, Elephant é a meu ver um dos objectos cinemáticos mais singulares e envolventes que estrearam nas salas portuguesas no ano transacto. Dotado de uma realização exímia, tipo câmera ao ombro (a lembrar uma das regras fulcrais do Dogma 95), fotografia imaculada e belíssima, montagem adequada e um cast de actores e actrizes amadores, o filme arrebata o espectador por completo e tem uma série interminável de nuances visuais deliciosas. Aconselho a todos o visionamente deste filme absolutamente fulminante!
5. Finding Nemo, de Andrew Stanton e Lee Unkrich
Confesso ainda não ter visto um número razoável de filmes dos estúdios Pixar; contudo, apesar de ter visto apenas quatro (Monters, Inc., Toy Story, Antz e este de que falo), tenho uma certeza - todos os cérebros daquele estúdio têm como chave do seu sucesso a comicidade/seriedade dos seus argumentos, aliados a fantásticas técnicas de animação (o pêlo de Sulley em Monters, Inc. ou o realismo dos movimentos dos peixes nas águas profundas de Finding Nemo são excelentes exemplos disso mesmo). Neste filme as mentes inventivas do estúdio de animação Pixar decidiram criar uma longa-metragem com uma história que emana amor, amizade e comédia - e mais: todos os momentos são interligados tão eficazmente num conjunto sólido e consistente que o resultado só podia ser vitória. O casting não podia ter sido mais certeiro - todos os pequenos e grandes actores são adequados à personagem que dão dar voz e alma; mas se existe alguém que merece ser destacado e elevado ao patamar da genialidade, essa pessoa será certamente a actriz Ellen DeGeneres : Dory, o peixe que sofre de amnésia mas que tem o coração do tamanho do mundo, é uma criação verdadeiramente ternurenta. Finding Nemo é indelevelmente um sucesso esmagador a nível da crítica e do público- e tem razões para isso!
6. 25th Hour, de Spike Lee
Comentário: Embora não seja daqueles que afirmam com todas as certezas que 25th Hour é o melhor filme de Spike Lee até à data, também não deixa de ser verdade que sou dos que o elogiam bastante - e neste caso, o filme merece os elogios. 25th Hour é um filme de inegáveis qualidades (a realização é das melhores da carreira de Lee, o elenco é composto por intérpretes todos eles talentosos e o argumento um portentoso tratado sobre a perda e reconquista dos laços de amizade e amor entre três grandes amigos (e ainda uma mulher) numa Nova Iorque pós 11 de Setembro afundada num clima de medo, desconfiança e tristeza profunda) mas que peca por ser tão ambicioso e por ter um final incoerente e irrealista com tudo o que foi dito para trás. E é por isso mesmo que o filme não é uma imponente obra-prima na filmografia de Spike Lee. Apesar dos defeitos, a última obra de Lee é de visionamento absolutamente obrigatório. Uma última nota: para quem tinha dúvidas fica aqui claramente provado que Edward Norton é mesmo um dos melhores actores (para não dizer o melhor) da sua geração.
7. Gangs of New York, de Martin Scorsese
Realizado por um dos mais importantes movie brats da década de 70 do cinema americano - Martin Scorsese - este filme de grande escala conta uma história de amor camuflada no interior dum confuso e arrebatador drama histórico. É muito basicamente a história de uma nação e de todas as mudanças que decorreram até à sua edificação nos dias de hoje. Gangs of New York pode não ser (e para mim não é de certeza) o melhor filma da obra do realizador (o filme carece - e bastante - de um argumento mais coeso e curto), mas não deixa de ser uma excelente proposta de cinema. A realçar o desempenho de Daniel-Day Lewis (aqui o actor supera-se; só mesmo a sua interpretação no My Left Foot consegue ser melhor), os cenários contruídos nos estúdios Cinecita, a montagem e a música.
8. Cidade de Deus, de Fernando Meirelles
Muito possivelmente um dos melhores filmes brasileiros em anos, este drama humano/filme de gangsters é uma lição de cinema e de vida - pelas personagens que tem (desde o Zé Pequeno a Buscapé), pela montagem, pela forte mensagem social que carrega o filme todo, pelo ambiente transmitido ao espectador. Embora Fernando Meirelles trema muito com a câmara (com o objectivo de nos fazer sentir os ritmos das favelas brasileiras, ponto de partida e chegada de mil e uma aventuras, ilegais mas sempre divertidas, dos meninos de pés descalços), os actores amadores, as ambiências e o argumento colmatam os erros do cineasta, fazendo com que maior parte das vezes não se dê a importância que devia ser dada a essas falhas. Enfim - por tudo isto e muito mais Cidade de Deus é uma longa-metragem de visão obrigatória.
9. Dogville, de Lars Von Trier
Cineasta nada concensual (bem pelo contrário - radical e experimentalista), o dinamarquês Von Trier (cujo filme Dancer in the Dark amo profundamente e apaixonadamente) criou mais um filme gerador de opiniões diversas, mas uma coisa é certa - o que se lê nas entrelinhas do guião e o grande elenco reunido no filme, só por si, já justificam ver o filme numa sala de cinema. Dogville é uma pérola cinematográfica com uma forma tão estranha (a ausência de cenários e adereços como se de uma peça de teatro se tratasse) mas conteúdo rico e didático - é possível ver e sentir (para quem tem força e paciência para tal) vários problemas existenciais com que o homem se tem deparado frente a frente desde os seus primódios até os dias correntes. Exigente mas recompensador, esta interessante obra de Von Trier é para desfrutar com o tempo.
10.Ying Xiong, de Zhang Yimou
Poético, visualmente esbelto, narrativamente inconstante, este filme de Zhang Yimou é muito mais do que isso : é um filme sobre o amor, a guerra, a culpa, a redenção, a vingança, a traição, a vida e a morte. São muitos e variados sentimentos misturados numa história de histórias. Apesar de nunca negar a apresentação de cenas de artes marciais (que desafiam as leis da física), o filme também não entra no condenável esquecimento falta de caracterização profunda das personagens e das suas emoções/estados de espírito. Não tão bom como o filme Crouching Tiger, Hidden Dragon de Ang Lee, Hero é contudo um filme contagiante para os amantes (e não só) de filmes de artes marciais. Destaque para o elenco, fotografia (estonteante de resto), coreografias e efeitos visuais.
Classificações de filmes:
About Schmidt/"As Confissões de Schmidt" - ****
Gangs of New York/"Gangs de Nova Iorque" - ****1/2
The Hours/"As Horas" - *****
25th Hour/"A Última Hora" - ****1/2
The Matrix Reloaded/"Matrix Reloaded" - ***1/2
Ripley'sGame/"O Jogo de Mr. Ripley" - ***
Darkness Falls/"Darkness Falls-Terror na Escuridão" - **
El Bosque Animado/"A Floresta Mágica" - ***
Hulk - ****
Terminator 3 : Rise of the Machines/ "Exterminador Implacável 3 : Ascensão das Máquinas" - ***1/2
Phone Booth/"Cabine Telefónica" - ****
The Life of David Gale/"Inocente ou Culpado?" - ****
Cidade de Deus (City of God) - ****1/2
Ken Park/"Ken Park – Quem És Tu?" - ***1/2
Pirates of the Caribbean: The Curse of the Black Pearl/"Piratas das Caraíbas: A Maldição da Pérola Negra" - ****
Identity/"Identidade Misteriosa" - ***
Good Bye, Lenin!/"Adeus Lenine" - ****1/2
Ying Xiong (Hero)/"Herói" - ****1/2
Dogville - ****1/2
The Matchistick Men/"Amigos do Alheio" - ***
Dirty Pretty Things/"Estranhos de Passagem" - ****
Elephant - *****
The Matrix Revolutions/"Matrix Revolutions" - **
Mystic River - *****
Finding Nemo/"À Procura de Nemo" - ****1/2
The Lord of the Rings : The Return of the King /"O Senhor dos Anéis : O Regresso do Rei" - *****
Kill Bill : Volume I /"Kill Bill – A Vingança (Volume 1)" - ****
Cumprimentos cinéfilos,
Tiago Teixeira.
2 Comments:
lp.[pk;bkjbn
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Unknown, at 6:26 da tarde
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oakleyses, at 3:45 da manhã
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