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quarta-feira, outubro 29, 2003

CRÍTICAS DE FILMES

Star Wars: Episódio II - Ataque dos Clones
Realização: George Lucas; Intérpretes: Ewan McGregor, Hayden Christensen, Natalie Portman, Samuel L. Jackson, Cristopher Lee; Argumento: George Lucas, Jonathan Hales; Título Original: Star Wars: Episode II - Attack of the Clones; Nacionalidade: EUA, 2002



A long time ago in a galaxy far, far away... Com esta curta e singela frase George Lucas apresentaria em 1977 o primeiro de uma série de três filmes Star Wars , que marcariam para sempre o género de ficção-científica, tornando-se rapidamente num fenómeno de culto sem precedentes na história da 7ª arte. Após 25 anos da estreia do episódio ÍV da saga galáctica mais célebre do cinema, Lucas em parceria com Jonathan Hales, reescreveu o argumento para o episódio II- este triunfou (juntamente com Spider-Man) em pleno nas bilheteiras, renascendo das cinzas deixadas pelo fracasso relativo do episódio I (relativo pois embora tenha desapontado a crítica, a verdade é que rendeu cerca de 430 milhões de dólares nos E.U.A) e recriando a atmosfera sufocante e empolgante dos episódios IV,V e VI. A evolução das personagens entre os episódios I e II é notória e a respectiva caracterização distinta: enquanto no episódio I Anakin Skywalker nos era apresentado como um miúdo escravo, de coração bondoso e restringido a uma vida que nunca desejava ter, neste episódio surge com um jovem bem-parecido e poderoso, aprendiz de Obi-Wan Kenobi, mas igualmente impulsivo no seu carácter (que levará à sua transformação no aterrador Darth Vader); por seu lado Padmé Amidala, agora mais ciente do perigo a que está susceptível, é uma Senadora prudente nas suas deliberações; Obi-Wan Kenobi, mestre Jedi disciplinado, receia o destino incerto do seu aprediz Anakin, revendo em si qualidades inerentes à personalidade do seu falecido mestre Qui-Gon Jinn. A história do episódio II torna o filme mais espectacular do que os seus anteriores, com um ritmo narrativo equilibrado, cenas de acção e aventura de cortar a respiração , com recurso a numerosos e magníficos efeitos especiais e rápidos movimentos de câmara (destaca-se a fantástica cena da combate entre Yoda e Count Dooku e o início da Guerra dos Clones), planos criados na perfeição, realização eficaz de Lucas, clima de tensão (tendo como cenário os planetas Tatooine, Geonosis e Kamino, entre outros) constante e muitos outros factores que contribuem para o seu sucesso estrondoso, quer da crítica quer do público. É certo que o impacto sociocultural do episódio II não se pode comparar ao sucesso interplanetário dos filmes da década de 70 e 80; no entanto a mente dos cinéfilos é reanimada a bons momentos de cinema, durante cerca de duas horas, através dum argumento envolvente, realização meticulosa e personagens interpretadas de uma forma realista e credível pelos principais protagonistas (excluindo Natalie Portman). "Star Wars: Episódio II - Ataque dos Clones" é um filme feito por e para indivíduos que imaginam galáxias, sonham com heróis e monstros, choram com momentos de mágoa e riem com momentos de júbilo; da mesma forma é crucial referir a inclusão no elenco de um inegável actor talentoso: Cristopher Lee, que interpreta um renegado Jedi, poderoso líder das forças separatistas que ameaçam a ruptura com a República e o domínio dos Sith na galáxia- como tal o Conselho dos Jedi, defensoras da paz e justiça, investiga os planos dos senhores do lado negro da força, ao mesmo tempo que protege a bela e influente Senadora e ex-rainha de Naboo, Padmé Amidala, de possíveis tentativas de assassínio. Romance (entre Anakin e Padmé), acção e aventura (cenas de estonteante qualidade digital) e muitos outros tópicos, fazem do episódio II um dos melhores filmes de ficção-científica de 2002 e certamente dos que mais renderá nas bilheteiras norte-americanas.



Para todos os cinéfilos que anseiam por duas horas de puro espectáculo cinematográfico de sci-fi.

O Melhor: relembramos o ambiente hiper imaginativo e criativo dos três primeiros filme de Lucas
O Pior: presença da sombra do episódio I e o seu fracasso no desenvolvimento de um rigoroso e simultaneamente cativante nível narrativo.

Classificação: ****; 6.8/10

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